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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2017

It Can't Happen Here

Apresento-vos a distopia mais assustadora que alguma vez li. Queria ler este livro há já vários anos: segundo o Goodreads, estava na minha wishlist desde 2012. Sinclair Lewis é um autor laureado com o prémio Nobel que possivelmente muita gente desconhece. Já tinha lido Main Street , do autor - um livro extremamente inspirador sobre small town America . Em It Can't Happen Here , escrito em 1935, um candidato populista, Buzz Windrip (este livro está repleto de nomes estranhos) é eleito presidente e rapidamente torna os EUA numa ditadura. Este livro tornou-se particularmente popular desde a eleição de Donald Trump, e pode-se facilmente compreender porquê. People will think they're electing him to create more economic security. Then watch the terror! God knows, there's been enough indication that we CAN have tyranny in America. It Can't Happen Here , como em, "não pode acontecer aqui". Como em, "isso só acontece aos outros". Nunca nos aconte

Festa do Livro de Belém

No passado Domingo fui passear ao quintal da casa do Marcelo. Fui sem intenção alguma de adquirir mais livros; fui pelo espaço, que constava ser lindo (e é!) e por estar a 15 minutos a pé de casa, e porque pessoa que gosta de livros não perde uma oportunidade destas, certo? Aquilo que mais me surpreendeu foi a fila que estava, e que se formou atrás de mim. Percebi, já mais perto da entrada, que esta se devia ao facto de se ter de passar os pertences num scanner, e de nem toda a gente aparentemente perceber que "tire tudo dos bolsos" significa "tire tudo dos bolsos".   O espaço, esse, é sem dúvida lindíssimo, e faz com que a visita valha imediatamente a pena. Alguém sabe se os jardins também estão abertos para visita, como o museu? Sei que pessoas (como por exemplo, a minha irmã) tiveram oportunidade de ver o dono da casa, mas não tive essa experiência. Passei uma vista de olhos rápida pelas bancas: a Livros Horizonte tinha descontos

Maratona Literária + Book Bingo

Findos os desafios, fica aqui o balanço final! Este não foi o verão mais recheado de leituras dos últimos anos. Entre algum excesso de trabalho, projectos pessoais, o desânimo do Le Rouge et le Noir (que ainda não acabei de ler), e outras questões afins, não terminei nenhum dos desafios que mencionei há alguns meses. Nunca foi o meu objectivo fazê-lo, acrescente-se. Acrescento também que há uma série de reviews  em atraso por estes lados, pelos motivos acima descritos, mas que lá chegaremos. Maratona Literária de Verão 2017 Desafios concluídos e contabilização das páginas: 1) Ler um livro noutra língua (inglês, francês, espanhol, italiano, etc.) El Túnel , de Ernesto Sabato, em espanhol. 160 páginas 2) Ler um livro de um autor português O que traz a noite , de Alexandre Costa. 128 páginas 4) Ler um livro infantil A Little Princess, the Frances Hodgson Burnett. 294 páginas 5) Ler um livro publicado em 2017 Ruínas , de Hugo Lourenço. 168 páginas 6

Viajante à Luz da Lua

Há livros que são um pouco como um sonho. Viajante à Luz da Lua , de Antal Szerb, é um clássico da literatura húngara. Tendo um desejo enorme de visitar Budapeste (quiçá 2018), o meu desejo de ler o fruto da literatura local foi grande também. Escrito nos anos 1930, por um autor que viria a morrer no Holocausto, não espelha muito do ambiente político, fora algumas menções a Mussolini - não, este livro vai mais longe. Imaginem Mihály, um homem húngaro na sua lua de mel a partir de Budapeste para percorrer Itália (aquela outra viagem de sonho).O casamento com Erszi foi precipitado - ela era casada e, no decorrer do seu caso, decidiu largar o marido para casar com Mihály. É a primeira vez que Mihály visita a Itália, e está fascinado, não pelo que o rodeia, mas pelo glorioso passado que o país representa. Porém, logo no início da lua de mel, vemos um marido com uma crise de identidade, com pressentimentos mórbidos acerca do seu futuro, ainda ligado à sua adolescência. E e

Festival Internacional de Cultura Cascais

Tive de ir a Cascais e aproveitei para dar um saltinho no FIC Cascais. Para quem não sabe (e eu não serei a melhor pessoa para esclarecer), o Festival Internacional de Cultura, em Cascais, é um evento da LeYa, que conta com a presença de alguns escritores de renome e outros eventos culturais e livrescos. Dia 2 de Setembro, recebeu a Arundhati Roy, que eu não fui ver porque acabei por ir ver o Memorial do Convento encenado no Convento de Mafra (que, já agora, recomendo a quem tiver disponibilidade). Como passei por Cascais durante a tarde, não creio que houvesse grandes eventos a decorrer - há algumas exposições, no entanto, para quem tiver mais tempo - e passei brevemente na Festa do Livro da FNAC, no Jardim da Parada.   Está engraçado, está bastante pequeno. Descontos de 10% e 20%, nada que se recomende. Claro que a Déjà Lu é praticamente do outro lado da rua do Jardim da Parada, e claro que lá fui. Já falei da Déjà Lu aqui , e num post mais pormenorizado aqui

Paris

Que livros levar quando se vai trabalhar alguns meses para fora do país? O dilema: vou querer visitar livrarias, mas não vou querer comprar livros (não muitos, pelo menos, que prometi a mim mesma evitar as compras até Junho do ano que vem). O ritmo do blog (já de si não o mais activo possível) poderá sofrer com o evento. Em breve descobrimos! Prometo reviews de livrarias e quiçá bibliotecas: já ando a investigar sítios sem ser ali a clássica Shakespeare and Company, inspirada na livraria da Sylvia Beach. Podem, entretanto, ver as minhas opiniões e fotografias sobre outras tantas: Livraria Lello (Porto) Dejà Lu (Cascais) Ler Devagar (Lisboa) The Globe (Praga) Minster Gate Bookshop (York) e John Rylands Library (Manchester) E para lançar um bocadinho o mood , aqui ficam algumas sugestões de livros que se passam em Paris: os que já li e recomendo, e os que ainda me aguardam pela estante. Paris é uma festa , de Ernest Hemingway, traz-nos memórias e cusquices so